Quando veio morar em São Paulo, em 1970, o considerado José Nêumanne Pinto foi acolhido por um conterrâneo amigo, o poeta Eurícledes Formiga. Este o apresentou a Cláudio Abramo e assim Nêumanne começou a trabalhar na Folha de S. Paulo, jornal em que Formiga, natural de São João do Rio do Peixe, havia trabalhado nos anos 50. Em 1951, ano em que o poeta nasceu, a terra natal dele, Uiraúna, pertencia ao município de São João. Quer dizer: Nêumanne e Formiga são quase irmãos.
Na terça-fria, 17 de agosto, a Câmara Municipal de São Paulo concedeu, por unanimidade, o título de Cidadão Paulistano ao poeta de Uiraúna, por obra e graça do vereador Quito Formiga, filho de Eurícledes, fechando um ciclo de 40 anos de vida na cidade que acolheu Zé Nêumanne como um, digamos, “enteado muito querido”, como ele gosta de dizer.
E tem mais: sábado, 21/08, no Cine Bangüê, no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, Nêumanne receberá a Medalha Comemorativa de 22 anos da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), denominada Rogaciano Leite, grande poeta cearense, ao lado dos colegas Oliveira de Panelas, Os Nonatos, David Fernandes, Moraes Moreira, Evandro da Nóbrega e Bráulio Tavares.
Janistraquis festejou: “Considerado, nordestino alfabetizado é outra coisa…”
Moacir Japiassu