Domingo o povo brasileiro deu a maior demonstração da história apoiando a democracia e a Justiça e rejeitando a corrupção, considerando marginais e folclóricas os absurdos apelos à intervenção militar, infiltrados na festa popular, que reuniu 3 milhões de pessoas nas ruas de inúmeras cidades brasileiras. Com o País sangrando e sofrendo a seus pés, o apodrecido desgoverno Dilma Rousseff e seus apoiadores reagiram a essa manifestação com a estupidez, a arrogância e a grosseria costumeiras. No domingo, a Vácua Insana em pessoa distribuiu lacônica nota do trono tentando transformar as manifestações em sucesso de sua gestão, ao associar subliminarmente a paz generalizada durante os protestos (nos quais, ao contrário de outros anteriores, não se quebrou uma vidraça) a um apelo seu, transformando-as pelo avesso na única obra bem-sucedida de sua gestão desastrada. Em compensação, passamos a semana ouvindo asneiras de Jaques Wagner, o Finório Jaquinho, que transformou a marcha histórica num feito hercúleo inédito da oposição e, com seu desapreço à lógica, atribuiu as vaias aos oposicionistas Aécio Neves e Geraldo Alckmin a tentativas de depor a presidente por golpe militar, o que está absolutamente fora de questão, mas, mesmo assim, considerou um risco em declarações de terrorismo burro e cretino. Ouvi até de um certo Paulo Pimenta a tese esdrúxula de que o povo não marchou nas ruas contra a corrupção, mas a favor da seletividade, seja o que for isso. A reação demonstra o desprezo que essa patota tem pelo Estado Democrático de Direito, que garante ao povo a origem e a destinação do poder. E serve de pano de fundo para os golpes dados contra a soberania popular, como ficou demonstrado claramente na descarada tentativa de obstrução à justiça do ministro Oliva (que desonra o Ministério da Educação, que chefia, ao chamar advogado de adevogado e se nega a usar o sobrenome do pai, Oliva, porque este era general durante a ditadura militar, que eles estão agora invocando. E, mais grave ainda, no esforço para levar Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República de fato, sem que ele não tenha sido eleito para nenhum cargo nos últimos seis anos. Então, ao lhe desejar uma quarta muito farta, não me escuso de incluir nos votos a consecução de eventos que joguem esses bandidos em celas e no lixo da história.
Bom dia, fé em Deus e bola pra frente.
José Nêumanne Pinto
