Ao anunciar sua desistência de se candidatar à Presidência da República, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa agiu da mesma forma como fizera ao se aposentar no Olimpo do Poder Judiciário: sem dar satisfação alguma ao público pagante. Esta foi a forma que encontrou para não ter de enfrentar uma campanha politica presidencial, que nunca é de alto nível, mas também não deixa intactos fatos mantidos sob o véu do sigilo e da conveniência de quem se arrisca a disputar o maior de todos os poderes. Como explicar que, tendo sido implacável com todos os outros acusados, deixou Lula de fora do alfanje do mensalão, fiel a sua antiga militância petista, mas não à fama de juiz imparcial e inabalável que tentou construir em embates com pares no plenário? Como sustentar sua definição de “impeachment Tabajara” para o caso Dilma a um eleitorado que não aceita essa mistificação? Este é meu comentário no Podcast Estadão Notícias, no portal desde as 6 horas da quarta-feira 9 de maio de 2018.
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