Para minha Madonnella de Campina Grande

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Quando estou dormindo e meu amor me abraça por trás, Sinto que Deus cala e observa a harmonia de sua obra E o diabo cede a um cansaço de milênios para cochilar. As ondas do mar suspendem seu salto na areia E as estrelas ficam perfeitamente visíveis no céu, Ainda que o sol atravesse a vidraça do quarto Para beijar nossos lençóis, nossas fronhas e nossos cabelos. Então, meu amor coça a ponta do nariz nas minhas costas. Percebo que não há lavas nos vulcões em erupção E os anjos tocam em sua fanfarra um ritmo de axé. Vem um cheiro de pão quente da Padaria das Neves E o fluxo dos rios altera as rotas dos viajantes. Embarco numa viagem de férias por um instante Quando a mãozinha de meu amor pousa na minha Sobre o peito cansado de guerra e, enfim, em paz. Meu amor ressona no meu ouvido suavemente E me pergunto, atrevido, em quantas manhãs mais Me sentirei feito um bobo de sua Corte Real. Ao beijar seus lábios de caju assim logo cedo, Mordo a maçã do Eden, bebo um gole de coco E estico os músculos como se nada mais houvesse a fazer A não ser dançar uma valsa de Strauss Em algum terreiro baldio do sertão de minha infância. JOSÉ NÊUMANNE PINTO

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José Nêumanne Pinto

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