NA CASA AVOENGA
A nuca cansada apoiada
na palma aberta da mão,
os olhos míopes
do velho Chico Ferreira
escutavam o choro do sertão
no céu sem estrelas
da mais escura vastidão.um sapo
um grilo
um rês
uma rãAssim era o serão
na Fazenda Rio do Peixe,
de onde fui vindo.Todo som que me vier
do bojo da rabeca de Bié,
como chuva na telha
e sabor de leite coalhado
com rapadura rapada
– eta emoção!