No artigo semanal no Blog do Nêumanne, O Ovo da Serpente, chamei a atenção para o fato de que o “ovo da serpente” do poder adquirido pela PF e pelo MP, que resultou no combate à corrupção de operações como a Lava Jato, agora contestadas com a revelação de contatos por aplicativo Telegram entre Moro, Dallagnol e outros procuradores, foi gestado no primeiro governo Lula, sob a égide de seu ministro da Justiça. O criminalista Márcio Thomaz Bastos, escolado nos júris criminais, fortaleceu as duas instituições para manter sob ameaça judicial adversários do governo e do PT ou livrar de culpa parceiros em falcatruas, como a Camargo Corrêa na Operação Castelo de Areia. Morto Bastos, Lula, para quem ele advogou na Justiça Militar, está vendo agora o feitiço se virar contra o feiticeiro e tentando virar o jogo.
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Assuntos para o comentário da terça-feira 18 de junho de 2019:
1 – Haisem – Por que cargas d’água você resolveu abrir seu artigo semanal no Blog do Nêumanne, editado ontem à noite, com a história velha e esquecida dos procuradores Torquemada e Shelb para falar do hackeamento dos celulares de autoridades que combatem corrupção no Brasil hoje
2 – Carolina – E o que tem a ver a atuação do criminalista e ex-ministro da Justiça no primeiro governo Lula, Marcio Thomaz Bastos, a ver com o caso que foi revelado pelo site The Intercept Brasil, editado pelo americano Glenn Greenward, e está causando tumulto geral na República agora
3 – Haisem – Por que você retomou agora em seu Blog, que normalmente não lida com dados históricos, mas com notícias recentes, a denúncia que fez em seu livro O Que Sei de Lula sobre a atuação do petista e de seu advogado em processos na Justiça Militar à época do regime autoritário para instalar um estado policial no Brasil após a redemocratização
4 – Carolina – E o que você chama a atenção numa das recentes entrevistas de Lula para o fato de ele ter dado um spoiler espetáculo ao anunciar aos repórteres que o foram visitar na cela de Estado Maior de Curitiba de que logo se vingaria do ex-juiz Moro e do procurador Dallagnol
5 – Haisem – O que, a seu ver, aconteceu agora que Joaquim Levy, um economista com passagens pelos governos de Sérgio Cabral, Lula e Dilma, se transformou numa espécie de favorito de gente tão diferente como Rodrigo Maia e Mailson da Nóbrega, do PT que execrou sua passagem no governo Dilma e do jornal antipetista britânico Financial Times
6 – Carolina – Quais são as chances do financista escolhido por Bolsonaro e Guedes para presidir o BNDES, Gustavo Montezano, conseguir cumprir a tarefa com a qual o presidente se comprometeu com o eleitorado que o levou à Presidência da República, e na qual executivos mais badalados no Brasil, como Sílvia Bastos, Paulo Rabelo de Castro e agora Joaquim Levy malograram fragorosamente
SONORA_PORTA VOZ 1806
7 – Haisem – O que você tem a dizer sobre o recorde espetacular da Odebrecht, que, com dívidas de quase 100 bilhões de reais, está pedindo a maior recuperação da História
8 – Carolina – Você acha que o procurador da Lava Jato Carlos Lima, que acaba de deixar o cargo para se aposentar, tem razão ou apenas defende seus antigos companheiros e certamente amigos ao dizer que hackeamento dos celulares de Moro, Dallagnol, Janot, Abel, Gabriela e outras autoridades que combatem a corrupção foi feito com o objetivo específico de soltar Lula e destruir Moro
As respostas às quatro primeiras perguntas resumem argumentos que usei no artigo O Ovo da Serpente, publicado neste blog desde segunda-feira 17 de junho de 2019. Se tiver interesse em lê-lo, clique aqui.