O presidente do TSE, Gilmar Mendes, tem dito que o julgamento da chapa Dilma-Temer levará em conta a situação política delicada no País atualmente, podendo não cassar os direitos políticos dos réus, caso sejam condenados. Muita gente boa e bem intencionada defende este argumento. Eu, contudo, penso que avaliar conjunturas não faz parte dos deveres e prerrogativas do Poder Judiciário. Na vitória da chapa reeleita contestada pelo PSDB, cujo candidato foi derrotado e hoje faz parte do governo, ocorreu a maior fraude eleitoral da História do Brasil e, se a Justiça Eleitoral não levar isso em conta, mais do que a atual conjuntura, tema do samba do crioulo doido, ferirá, primeiramente, o direito da igualdade de todos os cidadãos perante a lei e também sacramentará a interferência indevida de poderes políticos e econômicos na distorção da vontade e da escolha do cidadão, o maior e mais sagrado de seus direitos.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na terça-feira 4 de abril de 2017, às 7h30m)
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