Após Temer ceder à pressão de procuradores e do Banco Central para determinar o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa, o banco divulgou que o presidente Gilberto Occhi assinou portaria para substituir, por 30 dias, os executivos. “Após os 30 dias, caso haja necessidade, as designações passam a ser de competência do Conselho de Administração do banco”, diz o documento. Esta notícia deixa claro que é cada vez maior o fosso entre fatos e versões de interesse dos políticos. Fique claro que a Caixa ter 12 vice-presidentes é um descalabro e que eles sejam escolhidos para defender interesses de partidos num banco público é simplesmente inaceitável. Vale o “tem que manter isso, viu?” que o presidente disse a Joesley. É nosso lema!
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na quinta-feira 18 de janeiro de 208, às 7h40m)
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Abaixo, a íntegra da degravação do comentário:
Eldorado 18 de janeiro de 2018 – Quinta-feira
Emanuel Segundo reportagem de Igor Gadelha e Carla Araújo, do Estadão, os partidos da base do governo já discutem novos nomes ligados a eles para substituir os vice-presidentes da Caixa que foram afastados por decisão do presidente Michel Temer por serem investigados por corrupção e outras irregularidades. Em alguns casos, não descartam até mesmo indicar o mesmo executivo que foi afastado. Quer dizer que todo o noticiário oficial a respeito é mentira, papo furado?
Que coisa, não? O líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), confirmou que o partido avalizou a indicação de Deusdina dos Reis Pereira para a vaga de vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias e disse que o partido aguardará o resultado das investigações para decidir como vai agir. “Vamos aguardar o resultado da apuração, podendo ser indicada essa mesma pessoa”, disse ao Estadão/Broadcast.
Rocha afirmou que, caso Deusdina não possa permanecer no posto, o partido vai buscar outros nomes para assumir o cargo que estejam de acordo com o que estabelece a Lei das Estatais, sancionada em junho de 2016. A lei estabelece regras mais rígidas para escolha de dirigentes, como dez anos de atuação em cargos de empresas do setor ou quatro anos em companhias públicas.
Foram afastados também por um mês Antônio Carlos Ferreira (Corporativo), José Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital) e Roberto Derziê de Sant’Anna (Governo).
O novo líder do PRB na Câmara, deputado Celso Russomano (SP), disse que o partido não foi responsável pela indicação de Antônio Carlos Ferreira. Segundo ele, a sigla apenas “avalizou politicamente a permanência do executivo no cargo”.
Em reservado, parlamentares de outros partidos lembram que a indicação do próprio presidente atual da Caixa, Gilberto Occhi, é um precedente para a continuidade de indicações políticas. O executivo é funcionário de carreira do banco, mas chegou ao comando da empresa por indicação política do PP, legenda que também o indicou como ministro das Cidades durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
Conforme apurou o Estadão/Broadcast, o MDB seria responsável pela nomeação Roberto Derziê, vice-presidente de Governo da Caixa. Já o PP, de acordo com a apuração, teria sido o responsável José Henrique Marques da Cruz, vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital.
Depois de o presidente Michel Temer ceder à pressão de procuradores e do Banco Central para determinar o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa, o banco divulgou ontem que o presidente Gilberto Occhi assinou portaria para substituir, por 30 dias, os executivos. “Após os 30 dias, caso haja necessidade, as designações passam a ser de competência do Conselho de Administração do banco”, diz o documento.
Esta notícia deixa claro que é cada vez maior o fosso entre os fatos e as versões produzidas pelos políticos, inclusive pelo presidente da República. Que fique claro que a Caixa ter 12 vice-presidentes já é em si um descalabro e que eles sejam escolhidos para defender interesses de partidos num banco público é simplesmente inaceitável. Ou seja, só uma coisa vale: “Tem que manter isso, viu?” – o que o presidente disse a Joesley é o que vale ainda hoje. Nosso lema!
Carolina A manchete do Estadão hoje não deixa dúvidas: “área ecoômica qur barrar socorro do Fundo de Garantia por Tempo do Serviço à Caixa”. Isso não deixa outro rastilho de dúvidas no ar?
De fato, o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal por suspeita de corrupção e irregularidades pode inviabilizar o socorro de R$ 15 bilhões ao banco estatal com recursos do FGTS. Fontes do Ministério da Fazenda garantem que a operação não vai sair. A equipe econômica terá de enfrentar, no entanto, a pressão da ala política do governo, que defende o uso do dinheiro dos trabalhadores para que o banco reforce a concessão de crédito em ano eleitoral. Se a medida for adiante, é esperada uma crise no governo.
A operação já sofria resistência da Fazenda e a crise de gestão se agravou com os desdobramentos da investigação que acusa os executivos de banco de suspeita de corrupção. Apesar da pressão política, o entendimento é que ficará muito difícil para o governo sustentar uma capitalização bilionária com dinheiro dos trabalhadores em meio à polêmica envolvendo o comando do banco. Tirar dinheiro do trabalhador para cobrir o rombo financeiro da Caixa em ano eleitoral implica alto risco de corrupção. Mas vamos ter que esperar para ver o que vai, afinal, ser decidido.
Emanuel O assunto do Porto de Santos está nas rodas. O encontro do Temer com diretor da Polícia Federal justo na semana que o presidente vai ter de responder as 50 perguntas encaminhadas por aquela autoridade policial, foi uma idéia de jerico, como você se manifestou em seu blog. E o que há mais a respeito?
Tem mais coisa aí nesse Porto de Santos. Um assunto cabeludo envolvendo uma dívida bilionária de 2,7 bilhões de reais da empresa Libra com a Codesp, a companhia que administra o Porto de Santos. Essa empresa Libra pertence à família Torrealba, doadora de caixa de campanha para o PMDB, que perdeu o pê, mas não a desfaçatez de sempre.Essa dívida está sendo discutida em uma arbitragem, graças à dupla Temer-Eduardo Cunha. Vai piorar!! O ministro Eliseu Padilha escolheu o advogado da Codesp, que a Libra está pagando, Arnold Wald. O mesmo advogado que atuou para a massa falida da Oi e para o acionista mais atuante, Tanure. A se confimar essa informações, essa arbitragem é uma fraude e a chapa do Temer vai esquentar ainda mais.
Carolina Um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar todo o Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela, aumentou ainda mais a procura em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O fluxo causou longas filas e desabastecimento. A Secretaria Municipal da Saúde alegou um problema “pontual e momentâneo”. O prefeito João Doria (PSDB) pediu “calma” à população. Esse comportamento ajuda em alguma coisa?
Em entrevista à Rádio Capital, o prefeito da capital ressaltou que “não há nenhuma razão para pânico”. “As vacinas estão ocorrendo. As filas são muito grandes desnecessariamente porque as pessoas, no pânico, vão se vacinando sem necessidade”, afirmou.
Enquanto ele tentava resolver a crise grave de saúde pública com saliva, a prefeitura de Mairiporã, na região metropolitana, teve mais juízo e decretou situação de emergência e calamidade na saúde pública para executar ações de controle da doença. O município também anunciou que suspenderá a vacinação 24 horas para evitar a procura nos postos de pessoas de outras cidades. O decreto, assinado pelo prefeito Antônio Ayacida (PSDB), permite o uso de verbas para remanejamento de funcionários e o pagamento de hora extra de servidores envolvidos em campanhas de vacinação, compra de repelentes para moradores que não possam tomar a vacina e até a entrada forçada em imóveis particulares para combate do criadouro de mosquitos. O decreto vale por 180 dias.
A secretária de Saúde do município, Grazielle Bertolini, explicou, com mais detalhes, a finalidade do decreto de calamidade pública:
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Chamo atenção para o que contém o editorial “Febre amarela é emergência, o Estado hoje advertimdp que “é espantoso o alheamento da realidade dos governos federal e paulista. E nada indica que seja diferente nos outros Estados. O primeiro não quer mudar nada do que vinha fazendo e o segundo acredita que a maioria dos paulistas deve confiar na sorte até o fim do ano. Isso está a léguas de distância do que espera a população – que tem razões de sobra para se preocupar – e do que exige a gravidade da situação. O que está na obrigação dos governos federal e dos Estados mais atingidos é se desdobrar para vacinar toda a população sob risco. Para isso, é preciso buscar vacina onde quer que elas existam e mobilizar o pessoal de saúde necessário para fazer imunização em massa. O custo de uma operação como essa – recursos para aquisição de vacina na quantidade necessária e coordenação dos serviços de saúde municipais, estaduais e federais – é alto.” Faço minhas as palavras do meu jornal, as repito e endosso.
Emanuel Ao criticar as declarações do presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), Thompson Flores, sobre ameaças aos desembargadores que irão julgá-lo no próximo dia 24, o ex-presidente Lula evocou a guerra de Canudos. Lula destacou que o desembargador que preside a Corte de apelações da Lava Jato seria bisneto de um general que morreu durante a ofensiva do Exército contra a comunidade no interior da Bahia, em 1896. Há mesmo algo a ver o julgamento de quarta-feira que vem com a saga de Canudos?
Em evento no Rio, anteontem, o petista questionou se talvez não esteja sendo visto como um ‘cidadão de Canudos’ e se Thompson Flores, ‘da mesma linhagem’, não quer ‘acabar’ com sua ‘viagem’.
Lula participou de ato em seu favor, com cerca de mil pessoas, majoritariamente da área da cultura. Durante o evento, voltou a dizer que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Moro, que o condenou a 9 anos e seis meses de prisão no caso triplex, ‘mentiram’ em inquérito, acusação e sentença. O petista disse que Moro deveria ser ‘exonerado’. Thompson não faz parte do colegiado que decidirá a sorte de Lula, mas Lula não perdeu a ocasião de contar a lorota da vez. “Aliás, esse cidadão, ele é bisneto (sic) do general Flores, que invadiu Canudos e matou Antônio Conselheiro. É da mesma linhagem. Então, quem sabe ele esteja me vendo como um cidadão de Canudos e queira acabar com minha viagem”, afirmou. Na verdade, o tio trisavô de Thompson, Tomás Thompson Flores foi coronel, não general, na guerra de Canudos, onde morreu. Tomás Thompson Flores de fato participou da Guerra de Canudos após o término do seu mandato como deputado federal pelo Rio Grande do Sul, em 1893, quando retornou à carreira militar. Antes disso, ele já havia servido na Guerra do Paraguai. O oficial chegou a liderar uma das brigadas enviadas após seu líder, Cláudio do Amaral Savaget, ser ferido. Contudo, o coronel morreu em combate no dia 22 de junho de 1897, três meses antes da morte de Antônio Conselheiro e da rebelião ser contida.
É um dos inúmeros homens enviados para Canudos. Participou da quarta expedição entre mais5 mil homens. Foi oficial de combate e teve morte trágica, registrada por Euclides da Cunha em “Os sertões”. No livro, o coronel é citado nominalmente ao menos cinco vezes, descrito como lutador de primeira ordem, mas sem “atributos essenciais de comando” e “serenidade de ânimos”. Conselheiro morreu em 22 de setembro, debilitado fisicamente, vítima de uma diarreia que o acometeu em decorrência de um ferimento na perna. Foi atingido por estilhaço de granada. Isso o debilitou. Na ocasião, Thompson já tinha morrido. Como disse certa vez Stanislaw Ponte Preta sobre Ibrahim Sued, quem leu pra Lula leu errado. Ou então ele não quis perder mais uma chance para mentir. Afinal, para ele mentir faz parte da rotina. Quem foi lá aplaudi-lo achou o máximo. A mentira faz parte da vida deles.
SONORA Tanta mentira Jota Quest