Comentário no Jornal Eldorado: Churrasquinho na laje

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O último capítulo da reforma trabalhista no Senado começou com tumulto. O presidente da Casa, Eunício Oliveira, interrompeu a sessão após as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), vulgo “Gópi”, comodamente instalada na cadeira do presidente, Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, celular em punho, e Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) ocuparem a Mesa Diretora. Ali ficaram por quase sete horas e a elas se juntaram Kátia Abreu (PMDB-TO), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA).. Nem em assembleia estudantil isso ocorre. Sob as ordens de Lindbergh Farias (PT-RJ) e inspiradas em Zé Dirceu (PT-SP), almoçaram no local como num churrasquinho na laje. Na hora do vamos ver, perderam por 50 a 26, um “capote”.

(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na quarta-feira 12 de julho de 2017, às 7h30m)

Para ouvir clique no link abaixo e, em seguida, no play:

https://soundcloud.com/jose-neumanne-pinto/neumanne-1207-direto-ao-assunto-2

Para ouvir Você é doida demais, com Lindomar Castilho, clique no link abaixo:

Para ouvir no Blog do Nêumanne, Política, Estadão, clique no link abaixo:

http://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/churrasquinho-na-laje/

Abaixo, íntegra da degravação do comentário:

Eldorado 12 de julho de 2017 Quarta-feira

Emanuel: O adiamento da votação da reforma trabalhista por sete horas com um grupo de mulheres da oposição ocupando a Mesa do Senado por sete horas é um protesto legítimo na democracia?

O último capítulo da reforma trabalhista no Senado começou com tumulto. O presidente da Casa, Eunício Oliveira, interrompeu a sessão após as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN) e Vanessa Graziotin (PCdoB-AM) ocuparem a Mesa Diretora, local a ele destinado. Elas foram apoiadas por Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA), além de outras senadoras da oposição. Houve bate-boca e tumulto no plenário da Casa. Eunício deixou o local por volta de 12h05, declarando que a votação da reforma trabalhista será retomada “quando a ditadura deixar”. Inicialmente, o presidente do Senado proibiu o acesso da imprensa e de assessores parlamentares ao plenário e determinou o apagar das luzes e o corte do som dos microfones. A maioria dos senadores da base deixou o local e a circulação no Salão Azul, do lado de fora do plenário, ficou restrita a assessores e jornalistas. Mesmo assim, as parlamentares se recusaram a sair. Elas conversavam,  gravavam vídeos para redes sociais e até almoçaram na mesa.

Meu artigo Instituições insultadas na página 2 do Estadão:

A série de insultos às instituições republicanas culminou ontem com o sequestro da Mesa do Senado por uma horda de bandalheiras – as senadoras Fátima Bezerra (PT-RN) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM,) à frente – para impedir a votação da reforma trabalhista. Ao mandar apagar as luzes do plenário, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez a metáfora típica de membro do baixo clero num cargo do qual não está à altura.

Foto de André Dusek de Fátima Bezerra mostra que fizeram da mesa lembra churrasquinho na lage.

Nem centro acadêmico

Gleisi e Lindbergh Merval Pereira Zé Dirceu é que bolou. Para isso é que ele foi solto pela benemerência do STF com coleguinhas de convescote na promiscuidade geral brasileira em Brasília.

SONORA 1207 B EUNICIO

Emanuel: De qualquer maneira, a reforma trabalhista foi aprovadano plenário do Senado por 50 votos favoráveis e 26 contrários. Houve 1 abstenção em um quórum de 77 senadores. A oposição fez um bom negócio – tumultuou e levou goleada?

João Domingos*, O Estado de S.Paulo Erro grosseiro da oposição ajudou governo no Senado:

Agora, o projeto segue para a sanção presidencial.

A aprovação da reforma trabalhista é uma grande vitória política do governo Michel Temer que precisa dar mostras de força política em meio às acusações contra o presidente da República no próprio Congresso. Em pronunciamento após o fim da votação dos destaques, Temer exaltou o placar favorável e disse que a “expressiva maioria” mostra que a modernização trabalhista é uma “vitória do Brasil na luta contra o desemprego”. “A reforma preparará o mercado para as demandas do presente e exigências do futuro.”

Apesar da luta do governo para aprovar o projeto, não houve comemoração entre os 50 senadores que apoiaram a reforma. Por se tratar de um tema polêmico e com forte apelo popular, os parlamentares preferem não se pronunciar sobre o tema.

SONORA 1207 TEMER

João Domingos, Erro grosseiro da oposição ajuda governo ajudou governo no Senado: Temer deverá proclamar a vitória no Senado como uma vitória do governo. É provável que ganhe um pouco de força para enfrentar as pedreiras de seu dia a dia. Mas a aprovação da reforma trabalhista deve ser atribuída também à oposição e às senadoras que ocuparam a Mesa, porque deram um tiro no pé e viraram votos de indecisos a favor da reforma. O consolo para Temer é que, se o governo comete muitos erros, a oposição não fica atrás.

A nova lei altera mais de 100 pontos da CLT, e traz uma grande mudança na relação entre patrões e empregados. Entre as maiores modificações em relação à legislação atual estão a prevalência, em alguns casos, de acordos entre patrões e empregados sobre a lei, o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, obstáculos ao ajuizamento de ações trabalhistas, limites a decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST), possibilidade de parcelamento de férias em três períodos e flexibilização de contratos de trabalho.

Promessa de Temer para conseguir 2 votos dos parasitas sanguessugas das centrais sindicais transformam o gol num pênalti chutado na trave.

Afinal, as mudanças são consideradas essenciais pelo setor empresarial para melhorar o ambiente de negócios e dinamizar o mercado de trabalho.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na madrugada desta quarta-feira, 12, que não vai votar nenhuma medida provisória que modifique o texto aprovado pelo Congresso sobre a reforma trabalhista.

“A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa”, afirmou Maia no Twitter.

Para conseguir o apoio da maioria dos senadores, o presidente Michel Temer prometeu a edição de uma MP para modificar alguns pontos da reforma, como a questão que envolve a não obrigatoriedade do imposto sindical.

O comentário, que vai de encontro com o acordo feito com Temer com parlamentares, acontece no momento em que Maia se distancia do Palácio do Planalto por conta da tramitação da denúncia contra o peemedebista na Câmara.

Após saber da mensagem publicada por Maia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também voltou a afirmar que não participou de nenhuma negociação em relação à MP. “Estou tranquilo sobre isso. Não tratei de MP e nenhum compromisso sobre mudanças no texto”, disse.

O que vai valer, afinal: a carta de Temer que Jucá leu ou a posição de Maia e Eunicio depois da vitória por capote.

Emanuel: A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados vai liberar o voto dos 46 parlamentares da legenda na análise em plenário da admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva. Ou seja: o PSDB decidiu ficar em cima do muro?

Após uma reunião nesta terça-feira da bancada tucana, o líder Ricardo Tripoli (SP) avaliou que maioria do partido deve votar contra o governo no plenário. A decisão, porém, só será oficializada após a votação na CCJ.

GARGALHADA RABUGENTO

“O PSDB está dividido. Por isso, não há como fechar questão. Eu tenho convicção do meu voto pela admissibilidade da denúncia contra o presidente. Ninguém vai mudar minha convicção”, afirmou o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB).

Segundo o placar do Estado, o PSDB contabiliza 15 votos a favor da admissibilidade da denúncia, 3 contra e 3 indecisos – 28 parlamentares não responderam. O cenário para Temer também é desfavorável na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ). Integrante do PSDB na comissão, o deputado Jutahy Junior (BA) declarou ontem voto pela aceitação da denúncia.

Pronunciamento ridículo de Geraldo Alckmin o que dá pra rir dá pra chorar.

Emanuel: Ontem, a coluna Poder em jogo, de Lydia Medeiros, de O Globo registrou nota em que diz que o empresário do ramo de transportes Jacob Barata, preso há dez dias, na operação da Lava Jato no Rio já está negociando sua delação premiada e deverá entregar também prefeitos e vereadores de todo do estado. Era só o que faltava?

Vereadores!!! É o último estágio do dinheiro ilegal de campanha, da compra de voto diretamente do eleitor e não estava sendo investigado até agora. Jacob Barata, conhecido como o “Rei do Ônibus” na área de transporte público do Rio,  foi preso por ordem do juiz Marcelo Bretas, do Rio. A força-tarefa encontrou indícios de que o empresário pagou milhões de reais em propina para políticos do Rio. Esse é o destino do destino do caixa 2, a compra de votos diretamente do eleitor, prostituindo a democracia.
Ou seja dois recados:
Mais uma frente para acabar com a compr de votos, via vereadores.
E caixa 2 é fraudar a democracia!

Sérgio Cabral deu um piti dizendo que não tinha propina proporcional, mas caixa 2. Esse lero de caixa 2 é antigo demais. Vem do mensalão.

Ao vê-lo, lembrei-me de Cármen Lúcia dando um pito nos advogados no mensalão e também que no dia 31 de março, último, o Estadão publicou matéria onde o Luís Roberto Barroso afirma, muito bem, que o caixa 2 “frauda a democracia”.
Diz o ministro:
“O caixa 2 frauda a democracia, porque faz com que quem tem mais dinheiro tenha mais representatividade do que quem tem menos dinheiro. O caixa 2 frauda o sistema democrático, a representação popular”, criticou, ressaltando que a não declaração de doações tem se tornado uma “prática institucionalizada”. “Em meio a movimentações no Congresso Nacional para tentar anistiar punições para doação não declarada de campanha, Barroso ressaltou que, embora diferentes, “corrupção e caixa 2 são crimes, porque ambos desviam o dinheiro do lugar para onde deveria ir”.”
É mesmo ministros: temos de ficar de olho vivo nessas movimentações

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José Nêumanne Pinto

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