A decisão do corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, de abrir investigação contra procuradores de São Paulo que denunciaram candidatos Geraldo Alckmin, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT, com aval do ministro do STF Gilmar Mendes, comprova o controle das quadrilhas partidárias sobre órgãos corporativos e as altíssima instâncias do Judiciário. Como se não bastasse a legislação draconiana preparada de forma diligente pelos legisladores bandidos que só cuidam de se proteger – e danem-se os eleitores –, a elite politica dirigente encontra na cumplicidade dos compadritos espalhados nos órgãos de correição das corporações para evitarem que as mãos que os nomeiam algum dia usem algemas.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107.3 – na quinta-feira 13 de setembro de 2018, às 7h30m)
Para ouvir clique no link abaixo e, em seguida, no play:
https://soundcloud.com/jose-neumanne-pinto/neumanne-130918-direto-ao-assunto
Para ouvir no Blog do Nêumanne, Politica, Estadão, clique no link abaixo:
https://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/bandidos-blindados/
Abaixo, os assuntos para o comentário da quinta-feira 13 de setembro de 2018
1 – Haisem – O que você acha da decisão do corregedor-nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel, mandando abrir reclamação disciplinar contra os promotores do Ministério Público de São Paulo Wilson Coelho, Marcelo Mendroni e Ricardo Manoel Castro, decisão tomada após ele ter recebido um memorando do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público ligado ao senador Renan Calheiros requerendo essa investigação?
2 – Carolina – Você acha que essa decisão também pode ter algo a ver com a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes reclamando que o “hiperativismo judiciário” tumultua o processo eleitoral, ao comentar recentes processos abertos por procuradores paulistas contra Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, e Fernando Haddad, candidato do PT ao mesmo cargo, e também a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa? Terá o ministro alguma razão ou exagera?
3- Haisem – Aliás, ontem, assim que você acabou de comentar os fatos do dia, pouco antes das oito horas da manhã, dei aqui a notícia segundo a qual o governador do Mato Grosso do Sul e candidato à reeleição, Reynaldo Azambuja, do PSDB, foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. O que motivou essa operação que recebeu a denominação de Vostok? E qual a explicação para esse nome?
4 – Carolina – O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, subiu o tom ontem em sua campanha dizendo que “em seu governo o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, teria sido demitido por ter declarado em entrevista ao Estadão que o preocupa a possibilidade de a legitimidade das eleições ser posta em dúvida por alguns dos derrotados, e “provavelmente pegaria uma cana”. Você acha que o militar seria realmente merecedor de punição tão grave pelo que disse?
SONORA_CIRO 1309 B
5 – Haisem – Por que a Justiça Eleitoral deu um minuto e 14 segundos do tempo da propaganda do tucano Geraldo Alckmin a seu adversário na eleição presidencial, o deputado Jair Bolsonaro, do PSL?
6 – Carolina – O que o vídeo da audiência de custódia do servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, divulgado ontem no Jornal Nacional, trouxe de novo sobre o atentado por ele cometido contra a vida do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora na véspera do feriado do dia da Pátria, em Juiz de Fora, Minas Gerais?
7 – Haisem – A seu ver, Marina Silva, candidata a presidente da Republica pelo Rede Sustentabilidade, tem razão de cobrar posições do candidato do PT no mesmo pleito, a respeito da responsabilidade do partido dos ex-presidentes Lula e Dilma tanto sobre a crise econômica e o desemprego quanto sobre os casos de corrupção?
8 – Carolina – Que razões assistem ao presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, para ir ao Supremo Tribunal Federal requerer que o governo federal seja impedido de usar suas verbas para financiar a Fundação Brasileira dos Museus, com a qual a gestão Temer pretende substituir o Instituto Brasileiro de Museus?