Vitória do governo no segundo turno da MP55 no Senado, fixando um teto para gastos públicos, por 53 a 16, revela, aritmeticamente, algumas realidades da “governabilidade” à brasileira. A primeira delas é que a vantagem de quatro votos – metade dos oito no primeiro turno – estreitou a margem, mas continua dando, precariamente, ao Executivo o poder de reformar a Constituição para fazer o que precisa para dar o start para a recuperação da economia da crise total em que o País está imerso. A segunda é que o descompasso entre Congresso e população (segundo Datafolha com 51% de reprovação a Temer e 63% exigindo renúncia do presidente e realização de eleições diretas para sucedê-lo) mantém o status quo em risco, mas ainda de pé. E, sobretudo, que a oposição, que ganhou dois votos, é pífia e insignificante.
(Comentário no Direto da Redação 3 da Rádio Estadão – FM 92,9 – na terça-feira 13 de dezembro de 2016, às 17h32m)
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