Ao reagir com fúria a conselho de aliados para renunciar e tentar um acordo de cavalheiros para escapar da cassação, Eduardo Cunha deixou claro que pretende nunca abrir mão do foro privilegiado a que tem direito por ter sido eleito deputado federal. E agora não aceita de jeito nenhum perder esse privilégio e ir para a vala comum dos cidadãos sem mandato na primeira instância. Isso prova que esse direito não é uma forma de defesa da representação popular, objetivo teórico do foro, mas, sim, garantia de impunidade, pois o STF não tem o mesmo rigor do que juízes como Sérgio Moro.
(Comentário no Direto da Redação 3 da Rádio Estadão – 92,9 – na segunda-feira 12 de junho de 2016, às 18 horas)
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