Ao mandar cobrir com tinta cinzenta o mural do grafiteiro Eduardo Kobra na 23 de maio na véspera do aniversário de São Paulo, o prefeito João Doria argumentou que sua intenção era preservar o trabalho do artista das pichações que a tornavam feia. Quem passa pela avenida, contudo, tem mais a lamentar o muro que não torna a cidade linda nem limpa, mas apenas cinza. Assim, o alcaide paulistano agrediu a inteligência e a sensibilidade do cidadão comum, além de manifestar seu próprio desconhecimento sobre a diferença existente entre o grafite, que é arte e precisa ser incentivado pelo gestor público, e a pichação, que sua administração tem obrigação de apagar, além de reprimir seus autores.
(Comentário no Direto da Redação 3 da Rádio Estadão – FM 92,9 – na quarta-feira 25 de janeiro de 2017, às 17h37m)
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