A cena política nacional nos últimos dias está contaminada por uma discussão absolutamente estúpida e com efeitos maléficos sobre o que mais nos interessa no momento, que é não deixar que as instituições de nossa democracia, que têm mostrado muita resiliência e até agora não vergaram, mas é bom e será útil disso não abusar nem deixar que ninguém abuse. Como qualquer condenado preso, que propaga a qualquer interlocutor sua inocência, a Vácua Insana fez da sede do governo “Meu palácio, meu mandato”, berrando de forma histérica que impeachment é golpe e contando, para isso, com o ensandecido apoio de sua torcida organizada, que parecia estar torcendo por um time mambembe num desafio ao galo de várzea. Foi apoiada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, que cometeu junto com ela um erro de conhecimento do vernáculo, que está configurado no sentido atribuído ao termo pelo maior verbete da página nº 1.464 do dicionário do mestre Houaiss. Golpe de estado, que os puristas consideram galicismo por ser uma tradução literal da expressão francesa coup d’État, é assim definido: “tomada inesperada do poder governamental pela força e sem a participação do povo; ato pelo qual um governo tenta manter-se pela força além do tempo previsto ; e efeito da realização de tais atos”. Em qual destas três definições, se enquadra o golpe de que ela se diz vítima, hein? Ao exercerem o direito líquido e certo de acionar a Justiça para garantir seus direito de cidadãos fiscais perante a comissão especial da Câmara para o impeachment da presidente, Miguel Reale Jr e Janaína Paschoal argumentaram de forma brilhante que “sobram crimes” configurados nas pedaladas fiscais. E tanto isso é verdade que muitos prefeitos perderam seus mandatos por causa de idêntico delito. Quem madama Dilama pensa que é, uma cidadã brasileira acima da lei? E isso existe em nosso Estado Democrático de Direito?
A Pílula do Dia 31 de março de 2016
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